O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros básicos da economia (Selic) em meio ponto percentual. A Selic caiu de 11,25% para 10,75%. .
Para as próximas reuniões, o BC indicou que deve manter o mesmo ritmo de cortes. Embora, os juros ainda continuem altos, o reajuste dá sequência ao ciclo de cortes iniciado em agosto do ano passado, Essa é a sexta queda consecutiva dos juros. Com isso, a Selic está em seu menor patamar desde fevereiro de 2022, e traz efeitos práticos e positivos para população.
Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, ressalta a necessidade de medidas contínuas que promovam a redução das taxas de juros e estimulem o acesso ao crédito aos compradores de imóvel.
O que é a Selic?
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Ao longo dos anos, tem sido utilizada como uma ferramenta para controle da inflação e estímulo à atividade econômica.
Nos anos de 2020 e 2021, a Selic chegou ao seu menor patamar histórico, quando atingiu 2%, e tornou o crédito imobiliário mais acessível e com ótimas condições. Nesta época, pegar dinheiro emprestado estava mais barato, já que os juros cobrados nessas operações eram menores.
Qual é o impacto da queda na taxa Selic no mercado imobiliário?
Com a queda da taxa Selic, o cenário do financiamento imobiliário sofre ajustes significativos. Frequentemente utilizada como referência para as taxas de juros no mercado, a redução da Selic tende a resultar em taxas de financiamento mais atrativas para os compradores de imóveis.
Isso pode estimular a demanda por crédito imobiliário, tornando as condições de pagamento mais favoráveis e acessíveis. Além disso, a queda da Selic pode impulsionar a competitividade entre as instituições financeiras, levando a uma diversificação de produtos e serviços oferecidos aos clientes interessados em adquirir imóveis.
No entanto, é importante observar que outros fatores, como a política econômica do governo e as condições do mercado imobiliário, também influenciam diretamente as condições de financiamento.
- Custo do Financiamento Imobiliário:
Uma das implicações mais diretas da queda da Taxa Selic é a redução dos juros dos financiamentos imobiliários. Com taxas de juros menores, os custos de empréstimos para a compra de imóveis se tornam mais atrativos. Isso pode incentivar mais pessoas a procurar financiamentos para adquirir propriedades, aumentando a demanda no mercado imobiliário.
- Valorização de Imóveis:
A queda na Taxa Selic também pode influenciar a valorização dos imóveis. Com taxas de juros mais baixas, investidores que buscam alternativas de investimento podem considerar o mercado imobiliário como uma opção mais atrativa em comparação com investimentos de renda fixa, como títulos públicos. Esse aumento na demanda por imóveis como investimento pode contribuir para a valorização dos preços das propriedades.
- Aumento da Confiança dos Consumidores:
A estabilidade econômica proporcionada por uma taxa Selic mais baixa pode gerar um ambiente de maior confiança para os consumidores. Quando as pessoas se sentem seguras em relação ao futuro financeiro, estão mais propensas a investir em bens duráveis, como imóveis. Isso pode impulsionar ainda mais o mercado imobiliário.
- Crescimento da Construção Civil
A queda da Taxa Selic pode estimular o setor da construção civil. Com custos de financiamento mais baixos, incorporadoras e construtoras podem expandir suas operações, gerando empregos e impulsionando o crescimento do setor. Isso também pode resultar em uma maior oferta de imóveis no mercado.
Qual é o impacto da queda na taxa Selic no financiamento imobiliário?
O principal efeito da queda da taxa Selic sobre o financiamento imobiliário é a redução dos juros cobrados pelas instituições financeiras. A taxa Selic serve de referência para diversas operações de crédito no país, incluindo os financiamentos imobiliários. Portanto, quando a Selic cai, os bancos também reduzem as suas taxas de juros para manter a competitividade no mercado.
Essa diminuição dos juros no financiamento imobiliário torna os empréstimos mais atrativos para os potenciais compradores. Com taxas de juros menores, o custo do financiamento se torna mais acessível, o que estimula a demanda por crédito para aquisição de imóveis. Como resultado, o mercado imobiliário tende a aquecer, impulsionando a construção civil e a venda de unidades habitacionais.
Outro fator importante a ser destacado é que a queda da taxa Selic também pode influenciar positivamente o valor das parcelas do financiamento imobiliário. Com a redução dos juros, as prestações podem diminuir, tornando o pagamento das parcelas mais suave e facilitando a vida do comprador.
Além disso, a queda da taxa Selic pode beneficiar os proprietários de imóveis que já possuem financiamentos em andamento. Isso porque muitos contratos de financiamento imobiliário estão atrelados a índices de correção, como a TR (Taxa Referencial) ou o IPCA (Ìndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Com a redução dos juros, a tendência é que esses índices também diminuam, aliviando o peso das parcelas para quem já está pagando um financiamento.
Contudo, é importante destacar que a queda da taxa Selic pode ter um impacto mais significativo nos financiamentos de longo prazo, como os realizados em 20, 25 ou 30 anos, em comparação com prazos mais curtos.
FONTE: SP IMOVEL


